terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ALGUNS DOS MEUS COMENTÁRIOS NO FÓRUM A1

COMENTÁRIO À APRESENTAÇÃO DO GRUPO ROSA

Gostei do grafismo do vosso ppt, sobretudo a escolha das imagens.
Não partilho tanto a vossa opinião de que a Escola tem de mudar os conteúdos, vou mais no sentido da mudança de estratégias e metodologias. Continuo a acreditar que ir apenas ao encontro do que os alunos conhecem ou lhes interessa é vedar-lhes a possibilidade de crescerem, de aprenderem coisas novas e ganharem competências para serem pessoas e cidadãos melhores.
Também ainda não vejo os nossos presentes alunos digitais como estudantes ambiciosos - gostam de se divertir e o prazer rápido e imediato parece ser a sua maior ambição (não estou a criticar, note-se, são miúdos e compreendo perfeitamente que estudar e trabalhar não lhes dê grande prazer imediato). Acho que há já alguns - ainda poucos - com essa característica e desejo que esse número aumente.
Partilho convosco a opinião da necessidade de mudança, de aprender muito e depressa sobre os emergentes mundos digitais. É quase para ontem, essa necessidade!

COMENTÁRIO À ENTRADA
"Reflexão sobre os trabalhos realizados/tema"
lançada por Maritza Dias - Sexta, 24 Outubro 2008, 19:37
Caros colegas e professora,
O que me parece mais interessante verificar, nesta análise que foi feita, com maior ou menor integração de informação, mas próxima no seu conteúdo, de todos os trabalhos, é algo que todos os participantes neste fórum já verificaram e apontaram por diversas vezes: a dificuldade que os alunos têm em utilizar a destreza que revelam no uso das novas tecnologias na produção de trabalhos de qualidade para a escola. Mas o que me parece mais premente é isto: a dificuldade que os professores têm (e que agora é mais dramática, visto que o acesso à informação é mais fácil e directo) em dar aos seus alunos orientações eficazes para que os seus trabalhos vão ao encontro do que pretendem. Esta questão tem sido apontada não apenas nesta disciplina e todos aqui somos sensíveis a ela, sobretudo enquanto coordenadores de BE que recebem todos os dias alunos que têm de fazer trabalhos sobre "o mar", "o corpo humano" ou "Camões", sem mais nada, uma única orientação, especificação. A tentação do copy paste é forte demais para ser posta de parte. A capacidade de discernimento, de selecção da informação, de transformação da mesma em conhecimento não é inata nos alunos, temos de ser nós, com ou sem Internet, a facultar-lhes os meios para que a adquiram. É claro que dá muito mais trabalho facultar aos alunos orientações concretas, quer sobre os conteúdos quer sobre o formato dos trabalhos que querem dos alunos, mas o sucesso dos mesmos depende de nós. E, por muito imigrantes e pouco nativos que sejamos, o bom senso, a experiência no uso do pensamento e do raciocínio, a capacidade de ajudar os alunos a desenvolverem para si estas competências, dependem de nós, professores. Temos de tornar as novas tecnologias nossas aliadas e não queixarmo-nos de serem nossas inimigas. Não se trata de sermos seguidistas, de abandonarmos os nossos conhecimentos e as nossas exigências junto dos alunos, como a certa altura pareciam (para alguma irritação minha, devo dizê-lo) sugerir os textos que lemos, trata-se antes de usarmos as ferramentas novas de que dispomos a nosso favor. Prestando atenção às novas características dos nossos alunos nativos digitais, adaptando métodos de trabalho, de abordagem dos conteúdos, mas nunca caindo em facilitismos inúteis e nocivos. E este caminho é longo, não se faz "de uma penada". Temos muito/tudo para aprender. Com os miúdos, também. E eles connosco.

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