terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ACTIVIDADE 3: ACTIVIDADES SOCIAIS ONLINE E DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE NOS JOVENS III

Exponho duas intervenções feitas por mim no fórum de discussão dos trabalhos dos vários grupos.


Re: Grupo 2 - apresentação do trabalho
Quarta, 10 Dezembro 2008, 17:04


Olá colegas,
Chego já um pouco tarde a esta discussão e é bem provável que vá repetir algumas (se não todas) ideias, mas, ainda assim, prefiro fazê-lo antes de ler os comentários que já cá estão.
Conseguiram fazer uma boa síntese do texto e explicar, de forma clara e simples, as suas ideias principais. Bom trabalho!
Destaco alguns aspectos que me perecem mais importantes nesta popularíssima e quente questão dos jovens e os telemóveis: (1) a sua importância, que diria ser vital (se não tiverem o telemóvel com eles, os jovens quase não respiram! ) no contexto social em que se integram, seja lá onde for, em meios muito urbanos ou predominantemente rurais, como é o caso na escola onde estou. As relações com o grupo, a afirmação da sua identidade e as trocas entre amigos são os aspectos essenciais apontados. Acrescentaria ainda o sentimento de integração e pertença socio-económica, dando ênfase ao aspecto económico: com efeito, os jovens fazem TUDO o que puderem para terem O telemóvel que desejam. E normalmente não são os modelos mais simples e baratos que os atraem. Os jovens gostam do aspecto estético, claro, dos jogos que contêm, dos leitores de MP3 integrados, das cameras fotográficas ou video, preferencialmente avançadas e das características técnicas que façam dos seus telemóveis alvo de cobiça, sua e dos seus pares. É um instrumento de promoção do estatuto social ou grupal. (2) No entanto, apesar da atracção pelas características técnicas dos telemóveis, muitos jovens revelam baixos conhecimentos sobre como as usar em pleno: os baixos níveis de literacia tecnológica, que se verificam também na utilização das potencialidades de um computador e mesmo da Internet. (3) O dom da ubiquidade que proporciona o telemóvel, o estar onde se quer e não apenas onde se está, é um dos chamarizes maiores dos telemóveis.
Falta apenas sugerir o seguinte, acerca do uso dos telemóveis: a instituição de um código de ética ou bom uso dos telemóveis, nos locais de trabalho/ estudo/ públicos, etc. A ser conhecido e cumprido não apenas pelos jovens, nomeadamente os alunos, nomeadamente nas salas de aula, mas também os adultos, nomeadamente os professores, nomeadamente nas salas de aula/ reuniões, etc. É que a boa educação também se aprende neste contexto - tem de se aprender, tem de se fomentar. Sob pena de um instrumento tão útil e prático se tornar num instrumento de "tortura" - dos que têm de o aturar, nos contextos mais inadequados!


Re: Grupo 1- texto 1
Quarta, 10 Dezembro 2008, 17:33


Olá colegas,
Achei muito interessantes os casos que descrevem e os modos e objectivos com que são utilizados diversos meios tecnológicos ao dispor dos jovens.
Saliento o final do vosso trabalho, que sintetiza muito bem o que está/ sempre esteve/ continuará a estar na base de todo e qualquer processo de auto e hetero conhecimento e identificação: a interacção entre quem achamos que somos, o que os outros acham que somos e quem somos realmente. Independentemente dos meios ao dispor para o fazer. E é reconfortante saber que há algo de "eterno" no meio de tanta mudança - mudam as formas de representação, não os desejos e intenções por que se fazem. E também gostei muito da ideia de "bricolage" associada a esse interminável e constante processo de construção da identidade.
Bom trabalho.

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